Niall
POV
Eu estava na divisa
do jardim da minha casa para uma floresta escura, só tinha mato, estava anoite,
e eu escutava barulho de cobras, perseguiam meus ouvidos, eu sentia elas cada
vez mais perto de mim, então eu saí correndo, eu corria muito rápido, e a
altura dos matos era maior do que eu.
Eu corria muito
rápido e pisava inúmeras vezes em galhos de árvores, eu estava descalço, então
ia machucando meu pé cada vez mais. O barulho das cobras ainda me perseguiam.
Até que eu fiquei sem forças para correr, e me joguei no chão de bruços, me
apoiando com os meus antebraços. E o barulho das cobras ainda perseguiam.
Quando eu, estava
tentando me levantar, eu vejo um vulto passar entre as árvores em minha frente,
eu fui pra frente procurei, e nada. O vulto passou de novo por trás, bem aonde
eu estava. Eu voltei pro lugar onde eu estava e nada.
Porém não era bem
um vulto, era uma pessoa de touca, que corria muito rápido. O barulho das
cobras ainda perseguiam. Mas eu corri atrás dessa pessoa, corri, corri e corri
mais.
Sendo quem fosse,
essa pessoa corria muito rápido, até que de repente a touca dela cai, e os
cabelos cumpridos e escuros se soltaram, cheio de vida se balançando, era uma
garota, que do nada virou pra trás, muito de repente, olhou fixamente pra
mim...
– Com licença
senhor... Sr. Horan – O médico me disse me acordando.
– Sim... – Eu disse
coçando os olhos ainda meio zonzo.
– Se você for
dormir aqui está noite, aqui estão seus lençóis. – O doutor disse colocando os
lençóis encima de uma cama.
– Obrigado. – Eu
disse com a cabeça ainda lá no meu sonho.
O médico saiu,
então eu fiquei pensando se essa garota era Christen... O médico me acordou bem
na hora, não deu pra ver o rosto da menina direito, mas se fosse a Christen...
esse sonho foi nada mais do que um aviso.
Eu olhei pra cama
de Christen e ela respirava com ajuda de aparelhos, parecia estar em um sono
profundo. Talvez, ela estivesse nessa mata, perdida, na qual eu sonhei...
talvez ela estivesse presa nesse sonho e não conseguisse sair... e talvez ela
queira ajuda... talvez ela estivesse, presa no próprio sonho.
Eu não vou
conseguir dormir hoje. - Pensei
A brisa levantava
de leve as cortinas brancas, a lua estava cheia, e as estrelas brilhavam juntas
ao redor dela. Eu apenas dei um beijo na testa de Christen, deitei na cama e
tentei dormir.
A noite foi tensa,
eu não grudei os olhos... até que começou a fazer muito, mas muito frio pelas
cortinas, e eu tive a ideia de fechar a cortina. Aquela janela parecia um
ventilador, quanto mais perto chegava, mas vento fazia, meus cabelos estavam
arrepiadinhos já.
Eu fechei a
cortina, mas antes eu dei uma espiada, e percebi que aquele andar, era muito,
mas muito alto mesmo. Depois que eu fechei a janela, o silêncio dominou, eu
virei de repente pra Christen e vi um vulto lá fora, no corredor pelo vidro da
porta, o quarto estava com a luz apagada mas o corredor não, estava acessa, e
eu juro que eu vi um vulto, por que se fosse uma pessoa, teria que correr muito
rápido.
Eu abri a porta,
olhei pro chão e tinha uma coisinha dourada e brilhante, eu me abaixei pra
pegar, e vi o vulto de novo, passando pelo o outro corredor ao meu lado
direito, eu peguei o negocinho dourado e corri atrás do vulto. Foi de corredor
em corredor, até dar o hospital inteiro, lembrei que tinha deixado Christen
sozinha e voltei correndo pro corredor do quarto dela.
Engraçado, por que
eu tinha deixado a porta aberta e agora está fechada. Tentei abrir, mas não
deu, alguém tinha trancado, e eu já estava ficando com muito medo.
– Precisa de ajuda
Sr. Horan? – O médico veio me perguntando e me dando um susto.
– Não... é que – O
médico me interrompeu abrindo a porta.
– Dificuldades com
a porta? Só me chamar eu estou no corredor de trás, se precisa de algo, é
claro. – O médico disse saindo.
Eu estava incrédulo
com a situação eu entrei com negocinho dourado ainda na minha mão... espera...
será se o médico estava brincando comigo? Ah não, por que ele estava todo de
branco, o vulto era preto. Eu olhei melhor pro negocio dourado e era uma
pulseira escrito “Christen.” Daí que eu percebi mesmo que não tem como ser o
médico.
Eu deitei, me
confortei, fechei os olhos...
– Esperaí...! –
Pensei e me levantei sentando na cama correndo.
– Uma pulseira
escrito “Christen”??? Da onde essa pulseira veio? – Pensei.
Eu coloquei a
pulseira no braço e resolvi ir lá no médico pedir ajuda. Mas quando eu fui
virar a maçaneta pra sair do quarto não dava, estava trancado, eu forcei a
maçaneta duas vezes e nada. Eu corri e abri rapidamente a cortina e a janela, o
céu estava mais escuro a lua estava coberta e as estrelas sumiram. Eu olhei pra
baixo, e em meio os carros coloridos alguém todo de preto saia correndo.
Eu corri e tentei
abrir a maçaneta de novo e nada... enquanto Christen... estava lá dormindo no
sonho profundo, presa naquele sonho. Eu continuei tentando abri a maçaneta,
tentei tanto que minhas mãos ficaram vermelhas, resolvi desistir.
Na hora que eu ia
saindo de perto da porta, a pulseira ficou presa na maçaneta, fazendo com que
eu puxasse de uma vez só e ela se arrebentasse ao meio. Ficou um pedacinho da
pulseira em minhas mãos e a parte maior da pulseira bateu no vidro da janela
fazendo com que o vidro quebrasse e se espedaçasse por inteiro.
Os cacos de vidros
foram pra dentro e pra fora do quarto, os que foram pra fora caíram lá no chão
de fora do prédio, e eu estava no 8º andar. Ou o vidro era fino demais, ou a
pulseira era amaldiçoada, eu fiquei incrédulo.
A minha sorte, ou
sei lá se é sorte ou azar, é que em meio dos cacos de vidro a pulseira estava
lá.
Eu estava pegando a
pulseira do chão e me recuperando do meu estado de choque, até que eu vejo
alguém forçando na maçaneta, tentando abrir a porta. Minhas pernas gelaram, eu
fiquei intacto, e morrendo de medo.
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