Capítulo 19 - Anel Misterioso

Zain POV

– Liam? Que susto! – Respirei aliviado e coloquei a mão sobre o peito.

– Que foi mano? Andando assustado! O que aconteceu? – Liam perguntou.

– É... não, não, nada. – Eu coloquei o dedo no olho.

– É... então, é que eu fiz uma música e... é... e eu compus ela também, e eu queria que ela fosse gravada! – Liam disse sem jeito olhando pro papel.

– Claro, tudo bem Liam! – Eu assenti.

3 meses depois...

Niall POV

Fazeria quatro meses que ela estava ali. Muitas coisas mudaram, em apenas quatro meses, até hoje eu não acredito na mudança que aconteceu, no modo como mudou, e na forma como hoje tudo está mudado, e por quanto rápido tudo aconteceu. A Christen nos uniu mais ainda, acho que isso foi bom.

– Com licença senhor Horan. – O médico entrou na sala com uma cara nada boa.

– Sim, senhor, não tem notícia ruim não né? – Eu perguntei.

O médico assentiu que sim com a cabeça com uma cara de decepção, e olhou pra mim.

– Infelizmente... – Ele parou.

– O que foi?? Conte-me logo, senhor! – Eu exclamei.

– Nós... Nós vamos ter que desligar os aparelhos de Christen! – O médico exclamou.

Naquele momento, eu senti minhas bochechas ficarem vermelhas, eu podia ouvir o som das minhas lágrimas gritando, elas começaram a rolar pelo meu rosto sem a minha permissão. Meu mundo caiu, eu fiquei sem o que fazer. Eu me joguei no chão de joelhos, e comecei a chorar desesperadamente. Eu gritava, simplesmente...

– AAAHHH NÃO!! POR QUE ISSO COMIGO MEU DEUS? POR QUE?? – Eu questionava desesperado.

– Calma, calma! – Disse o médico tentando me levantar.

– Saí! Saí daqui! Eu não quero ver mais ninguém! Eu quero ver a Christen!! Eu quero ver aqueles olhos misteriosos de novo!!!! – Eu gritava, e os outros médicos que escutavam vieram ver o que estava acontecendo.

Eu fui correr na Christen, mas os seguranças me barraram e me colocaram na porta pro corredor, mas eu continuava forçando pra entrar, até que eu vi a Christen se debatendo.

– Mas o que está acontecendo com ela? Deixa eu falar com ela?!!? – Eu exclamei.

– Não pode, não pode! Nós vamos ver o que está acontecendo com ela!! – O médico exclamou.

Foi quando me colocaram pra fora do quarto, e me deixaram no banquinho daquele corredor deserto. Até que o médico apareceu. Ficou me encarando e eu olhei pra ele com cara inchada de choro. Ele arranhou a garganta.

– Tenho uma notícia boa, e uma ruim. – O médico disse.

– Pri... pri... primei... primeiro... a bo... boa. – Eu falei entre soluços.

– Nós não vamos mais desligar os aparelhos de Christen. – O médico disse e surgiu um sorrisinho meu entre as lágrimas.

– Agora a ruim. – Eu abaixei a cabeça secando as lágrimas que caiam.

– Ela ainda está em coma. – O médico disse.

Eu fiquei encarando o médico e as lágrimas descendo no meu rosto. O médico me olhou.

– Você ama muito ela né? – O médico em perguntou.

– Eu não sei se isso é amor, mas eu não quero perde-la. – Eu afirmei. – Não sabia que skate era tão fatal assim. – Completei.

– Olha só, é mesmo raro acidentes com skate, mas quando acontece, o skate realmente pode ser fatal, ainda mas no caso da Christen, que bateu a cabeça no meio fio. Então calma, Deus sabe exatamente o que faz, e ela, ela parece ser uma menina forte, ainda mas com os melhores amigos do mundo acompanhando ela, e então, eu vou cuidar dela e vou fazer de tudo pra ela voltar, ela é um caso raro! Por que raramente as pessoas ficam quatro meses em coma... e quando ficam, já não se tem muitas esperanças... mas vamos lá! Força e fé, a gente vence! – O médico exclamou.

Desceram lágrimas dos meus olhos.

– É que... amanhã de manhã, eu embarco pra Londres... – E sem palavras chorei mais ainda.

– Fica tranquilo, eu cuidarei dela o tempo que for possível, sou médico, esse é meu trabalho. Mas volte logo, tudo bem? - O médico disse.

– Tudo bem. – Eu fiz um gesto triste. – Posso ver ela? – Perguntei.

– Claro. – O médico abaixou a cabeça e me levou até Christen.

Eu entrei no quarto, e o médico saiu eu olhei pra Christen com uma cara de dó, e ela ainda respirava pelos aparelhos.

– Ah, Niall, esqueci de entregar isso que estava com a Christen no dia do acidente. Com licença. – O médico me entregou um saquinho e saiu.

O saquinho era transparente, tinha o IPhone, pulseiras e um anel da Christen. Eu peguei o anel e estava escrito o nome dela.

– Mas espera... O nome na pulseira está igual ao do anel! – Pensei e peguei a pulseira e comparei, era igualzinho.

A pulseira era mesmo de Christen... Mas como que essa pulseira sumiu desse jeito? Ai tem coisa... Anel misterioso, eu hein.

Continuei futricando na sacola, peguei o IPhone estava desligado, eu liguei e deu 158 chamadas não atendidas, eita!!! Olhei o número e era da mãe de Christen, ela ligou praticamente todos os dias e inúmeras vezes, do nada o IPhone começou a tocar, era a mãe dela de novo, eu sentei e resolvi atender.

– Alô? – Eu disse.

– Oi... quem é você? – A mãe de Christen perguntou.

– Prazer, sou Niall amigo dela! – Eu falei.

– Tudo bem, como ela está? – A mãe dela perguntou.

– Ela ainda está em coma, sim 4 meses em coma. – Eu disse triste.

– Eu queria muito está ai com ela, sabe, mas eu não posso, me desculpe, cuida dela pra mim? Você parece ser um cara de confiança. – A mãe dela me disse.

– Claro, eu já cuidei dela esses tempos todos, nunca deixaria ela. – Eu disse sincero.

– Obrigada, agora eu tenho que desligar, tchau. – Disse a mãe de Christen do outro lado da linha.

Desliguei o IPhone, olhei pra Christen, e desta vez foi o meu IPhone que tocou. Atendi.

– Alô?.. Oi Harry... sei... aham... mas já?.. Tá né... beleza... tá bom eu falo com o Zain... tudo bem... Tchau. – Eu desliguei o meu IPhone e olhei pra Christen.

– Christen, por mais longe que eu esteja, eu estarei com você! Mas agora eu realmente preciso ir! Eu estarei cuidando de você, mesmo que te longe, te amo muito danada! Eu não tenho nem palavras pra descrever. – Eu disse apertando a mão da Christen e como sempre ela não deu nenhum sinal de vida.

Eu saí daquela sala triste sem querer deixa-la, mas tive que fazer isso. Fui em direção a casa do Zain. Esses quatro meses foram muito tensos, e surpresos pra gente! Oh meu Deus.

1 semana depois...

Eu estava entrando na sala de aula, e não tinha ninguém, estava tudo escuro, eu ouvi apenas um choro alto, e um menino de capuz sentado na última cadeira, e estava tudo escuro, havia apenas uma luz encima dele.

Eu tentei me aproximar, mas eu não conseguia, quanto mais perto eu chegava, mas longe ele ficava.

Até que aquela única luz se apagou, ficou tudo escuro e eu só ouvi o choro dele latejando nos meus ouvidos.

– Vem comigo! – O menino me puxou pelo braço me machucando.

– Esperaí... Niall? – Ouve-se um forte estrondo e eu desperto.

Eu abri os olhos de vagar, eu não estava conseguindo abrir direito, parece que tinha grudado minhas pálpebras com os meus cílios, e que eu tinha passado um ano sem tirar remelas do olho. As paredes eram todas brancas, a luz forte atingiu meus olhos. Eu tentei mover minhas mãos mas eu não consegui move-las, eu fiquei apenas tremendo e tentando mexê-las.

Eu olhei pro lado e vejo uma garota dos cabelos loiros e ondulados, era perfeito. Ela estava lendo um livro com cinco garotos na capa que me pareciam familiar.

De repente ela olha fixamente pra mim com aqueles olhos claros e destacantes.

– Olá! – A menina disse fechando o livro e abrindo um sorriso enorme pra mim.