Capítulo 23 - Ponte Desabou De Vez

Christen POV

– Vamos no aeroporto com a gente? - Liam perguntou.

– Não... amanhã eu tenho aula. – Fiz uma cara triste.

– Toma! – Niall me deu um colar com a foto de quando ele era pequeno.

– Pra que isso Niall? - Perguntei.

– Pra você lembrar de mim, todos os dias. – Niall falou e abaixou a cabeça, fazendo cair uma lágrima.

Uma Semana depois...

O tempo passou, assim a cada dia eu ia melhorando. Parei de andar com as muletas

– Hey Christen! Hora de ir para escola querida! – Alice falou.

– Já estou indo, Alice. – Cuspi a espuma do creme dental levantei pra olhar no espelho de volta e vi um vulto. Estava tudo acontecendo igualzinho ao meu primeiro dia de aula. – Alice, sabe que dia minha mãe vai voltar? – Eu perguntei descendo as escadas.

– Não sei querida, ela disse que não tem data pra voltar. – Na hora que Alice terminou de falar isso, veio uma tontura imensa, mas eu consegui levantar a cabeça, e segui o caminho da escola.

No meio do caminho eu estava com uma preguiça enorme de ir pra escola, eu ia ficar sozinha lá... eu ia relembrar dos tempos do Niall, Liam... enfim, isso seria uma dor da saudade pra mim. Então eu resolvi cortar caminho, acabei entrando um lugar florido, cheio de árvores, onde não era asfalto, era grama, macia da gente pisar, não sei por que, mas eu gostava de lugares assim.

Até que andando por muito tempo, muito tempo mesmo, eu encontrei uma cachoeira, a água era azulzinha, sem nenhum destroço, e tinha uma ponte por cima do riacho, era lindo. Eu fiquei observando tudo, por uns dez a vinte minutos, não sei bem. Até que eu fiquei curiosa pra passar pro outro lado da cachoeira naquela ponte de corda como corrimão e madeira no piso.

Dei um passo na ponte, e logo percebi que não era algo tão confiável de se ver, mas eu continuei indo. A cada passo que eu dava, fazia ruído nas madeiras. Até que eu dei um passo com mais impulso que uma das madeiras se soltou, e surgiu um grande buraco naquela ponte. Só deu pra ouvir a madeira caindo no riacho, e a correnteza levando. Foi ai que eu decidi voltar, mas ai eu dei um passo de volta e as outras madeiras pela quais eu já tinha passado, caíram, eu fiquei encurralada.

Até que vem um menino, de boné com capuz por cima.

– O que está acontecendo princesa? – Ele falou com uma voz medonha.

– Saí! Saí, que eu quero passar! – Eu falei tentando andar.

– Por que? Você está com medo disso? – O menino balançou a ponte.

– Me deixa que eu quero passar! - Eu empurrei ele e passei, imediatamente ele veio correndo atrás e a ponte toda desabou, ficou só as cordinhas.

– Está vendo o que você fez? Quem é você? – Eu disse prosa, me afastando.

– Calma! – Ele tirou o capuz junto do boné, e tirou o óculos. – Meu nome é Christian, prazer, seu irmão. – Ele apertou minha mão.

– Meu irmão? Delírio o seu! – Puxei minha mão e o meu celular começou a tocar, eu tentei pegar mais caiu no chão.

– Só um minuto, mana. – O tal do Christian disse atendendo o celular.

Mas como assim?? De repente o menino que atormenta todo mundo, é meu irmão? Não estou entendendo mais nada.

– O quê? Como assim? – O menino fez uma cara péssima.- Toma... – Me entregou o celular.

– Alô?.. Oi Alice... sim eu estou calma, o que aconteceu?... respirei fundo, agora fala... o quê?...AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH – Gritei o mais alto que pude enquanto o menino chorava aos prantos.